Doença do Peyronie
A doença de Peyronie ou induratio penis plastica descrita por François Gigot de La Peyronie em 1743, caracteriza-se pela presença de placas fibróticas na túnica albugínea, comprometendo a elasticidade do corpo cavernoso neste local, promovendo dor e curvatura anormal do pênis quando em ereção com prejuízo da penetração nas relações sexuais.
Causas
De acordo com os dados disponíveis na literatura, existem causas multifatoriais na patogênese dessa doença. Podem ser citadas as seguintes:
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Fatores familiares;
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Fatores auto-imunes;
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Doenças fibromatosas;
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Doenças metabólicas.
Atualmente se aponta como fator relevante a ocorrência de traumas microvasculares consequentes a traumas no pênis em ereção em indivíduos predispostos.
Incidência
Apresenta maior incidência entre a quarta e quinta década de vida. Considerada rara no passado, é atualmente mais frequente, talvez em função da maior divulgação da doença e de mudanças no comportamento sexual da população. Cerca de 6 a 7 % dos homens sofram deste mal.
Tratamento
Existem várias opções de tratamento, tais como:
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Medicamentos orais,
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Agentes para uso intralesional;
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Aplicação de fontes energéticas na placa;
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Procedimentos cirúrgicos.
Como em alguns casos a doença evolui com comprometimento total da função erétil, com alteração do mecanismo veno-oclusivo ou impedimento da penetração em função da intensidade da curvatura, impõe-se o tratamento cirúrgico devido a sua comprovada efetividade.
T. Cirúrgico
O tratamento cirúrgico pode ser orientado da seguinte maneira:
1) Cirurgias que corrigem a curvatura:
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Cirurgias que visam a compensação da curvatura peniana atuando na área diametralmente oposta à placa.
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Cirurgias que promovem a incisão ou excisão de placas, com ou sem enxerto, atuando desta maneira no local da lesão.
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Os melhores resultados atualmente são obtidos com as cirurgias que promovem a correção da curvatura, atuando na área oposta à placa.
2) Cirurgias que corrigem a ereção:
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Nos casos em que há comprometimento da função erétil cabe a colocação de próteses penianas.
T. Clínico
O tratamento clínico está indicado nos pacientes que não apresentam comprometimento da função erétil. Nessa condição, o tratamento objetiva melhorar a dor, curar ou estabilizar a doença.
Entre as diversas opções contam-se seguintes:
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Drogas orais (vitamina E, paraminobenzoato de potássio, colchicina e tamoxifeno);
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Drogas intralesionais (corticóides, verapamil e interferon alfa-2b);
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Tratamentos físicos com fontes energéticas (radioterapia, ultra-som, litotritor e laser).